2014 2015 Alda Célia amor Ano Novo arminianismo arquitetura arte Artes plásticas artigo ateísmo Augustus Nicodemus Beverly biográfico Blues BMA Bolsonaro C. S. Lewis Caetano Veloso calvinismo Canção canções Carlos Drummond de Andrade Charles Finney citações coletivos Compositores consciência negra conservadorismo conservative considerações cristianismo crônica Daryl David Wilkerson declamações Deus Dia 15 dialética. diário Dimitri Delamefour dinheiro direita eleição eleições 2014 entrevista esquerda estrada Evan Roberts Evolução. face facebook Ferreira Gullar filosofia Fire and Love Fora Dilma Fora Foro de São Paulo Fora PT fotografia frases gayzismo Guitar homossexualidade informações Jair Bolsonaro Jesus Cristo John Wesley Júlio Servo Lembrança de amigo Leonard Ravenhill lesbianismo Letristas Lewis liberalismo Liberdade Lobão lógica loucura. Marina Colassanti Mario Quintana mês de aniversário da Igreja Apostólica Restaurar metafísica minhas missão Móveis Coloniais de Acaju movimentos identitários movimentos sociais mulher mulheres Mundo Servian música nordeste nordestinos o Arquiteto O Senhor dos Anéis O tempo Obama Olavo Bilac Olavo de Carvalho Otis Palavrantiga Para Tamires paradigma Pastor Tulio Pat Marvenko Smith pensamentos pensamentos. perfeição Peter Wagner poecrônica poema poesia poética política Pondé ponderações postagem predestinação Preta Gil Projeto Dorea racismo Raul Seixas realidade reflexões Reforma Prostestante relexões religião Revolta Revolução satisfação Shane sobre a vida Songs sonhos Tamires teologia texto The Walking Dead Tolkien TW TWD USA verdade vídeos virgem Voar como a Águia vocação Watkins

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Paradigma da Polaridade



``Eu sou Nada e é isso que me convém`` - Lobão

Me dizem louco por aí
Chato, estranho e tosco!
E eu, mesmo que me entristeça
Me rio sempre, Rio sempre de mim
E rio dos outros também
Das certezas infundadas
sobre areias movediças

às vezes calo, às vezes falo.
Da loucura que me dizem
me orgulho!
Ah, a loucura, berço das genialidades
Berço das potencialidades
Berço de berços de berços dos berços!

Lanço mão dela: loucura sábia;
e nela me embriago mais que o vinho!

Olho pro mar e não vejo um bêbado sequer
Um ao outro ao longe, verdade!
Mas poucos que fiquem de pé.

Eles ficam submersos no mar
e não tornam-se arautos da loucura,
digo, da sábia loucura!
Ficam reclusos a falar com estrelas marinhas
e águas-vivas.

Voltando ao chato que me acham
Me delicio naqueles que não me acham chato
Que encaram a estranheza com maior requinte
Que entendem que a tristeza é apetite para a Alegria

Regozijo-me e celebro com os inconformados
Com os cavalheiros e damas que celebram a Vida
Que vêem na estrada o reflexo do Sol
Que admiram o Céu
Que olham nos olhos!

Para os que sou nada
torno-me nada. Melhor para mim;
Invisível me vou para além das muralhas
Não salto os portões.
Como um bicho que cava, escavo
as terras secas e encontro água
como um réptil desses.

Refugio-me no abrigo da terra
e atravesso muros por sob o chão
E quando na cidade adentro
Me faço emergir sem holofotes

E ali, cidadão que sou
cumpro alguns protocolos
sem perder a transparência.
Não me isolo, de todo não me isolo!
Mas não faço coro em todas as canções
Insisto em cantar o que canto
e renitente subverto a lei dos homens
por lei maior

E como Nada, e da fraqueza força, do nada tudo
Instauro o amor.


Nenhum comentário: